Ministério da Economia implementa o Dynamics 365 para aumentar a taxa de colocação pelo Sistema Nacional de Emprego

Em 2019, o Ministério da Economia, órgão ligado ao governo federal, definiu uma meta: aumentar a taxa de colocação do Sistema Nacional de Emprego (Sine) – plataforma voltada à inserção de trabalhadores no mercado de trabalho. O Sine esteve sob a competência do Ministério da Economia até 2021, quando foi reinstaurada a pasta do Ministério do Trabalho e o sistema foi realocado.

A base de trabalhadores do Sine atende todos os anos a aproximadamente 20 milhões de pessoas que inscrevem seus dados e podem passar por processos de qualificação de mão de obra e até contratação.

“Tínhamos o desafio de criar um algoritmo de perfilamento de quem atendemos, um mecanismo com aplicação de técnicas estatísticas, e buscamos identificar trabalhadores que tenham maior risco no mercado de trabalho, maior dificuldade”, explica Amilton Lobo Mendes Junior, analista de Comércio Exterior e coordenador-geral de Projetos Especiais ligados diretamente ao secretário no Ministério do Trabalho.

Além disso, o Sine buscava criar outro algoritmo, que levasse em conta informações curriculares dos trabalhadores, processos seletivos já enfrentados, interesse e outros fatores que auxiliassem a dar mais precisão ao posicionar essas pessoas em uma entrevista.

Dynamics 365 Customer Insights potencializando o desenvolvimento

Para otimizar a colocação de trabalhadores no mercado de trabalho, o Ministério da Economia buscava perfilar melhor seus usuários para fazer um match mais efetivo com empresas, reunindo informações que vêm desde o ano 2000, além de antecipar insights.

O Dynamics 365 Customer Insights foi escolhido como plataforma de dados do cliente, com experiências personalizadas e recursos que fornecem informações unificadas de seus clientes de diferentes fontes, por meio da Data Source – configuração de conexão para um banco de dados de um servidor.

“A vantagem do Dynamics 365 é a velocidade de entrega, que reduz muito o tempo de especificação, porque tem módulo pronto para quase tudo e ainda é integrável e customizável. A grande vantagem é a velocidade de desenvolvimento”, afirma Amilton.

A solução tem o suporte da Nuvem do Microsoft Azure, com o Azure Machine Learning, ferramenta que permite a cientistas de dados e engenheiros treinar e implantar modelos e gerenciar operações de aprendizado de máquinas. O Azure Databricks também integra a solução, tanto para fazer testes quanto para preparar algoritmos e repassar para a empresa. Por fim, o Power BI é a ferramenta utilizada para apresentar a informação.

Um processo de aprendizado digital

Amilton avalia positivamente o acompanhamento dos times de suporte da Microsoft. “A equipe que começou o projeto, em 2019, chegou a ter reuniões diárias. Os técnicos que a Microsoft selecionou estavam muito dispostos, tivemos um aprendizado que talvez formalmente durasse meses, e absorvemos em pouco tempo”, conta.

Para executar o sistema do chamado matching, o Ministério fez um experimento em cidades selecionadas, onde alcançou uma taxa de sucesso de mais de 70% em alguns casos. “A ideia é expandir o algoritmo para trabalhar em um número maior de cidades e com outras ocupações”, explica Amilton. No caso do algoritmo de perfilamento, ainda não se chegou ao resultado ideal, porém a experiência até aqui gerou muito aprendizado. “Pretendemos colocar os algoritmos dentro do portal na próxima fase, mas precisamos fazer alguns ajustes”, acrescenta.

A Escola do Trabalhador 4.0, iniciativa do Ministério da Economia realizada em conjunto com a Microsoft para promoção de qualificação em habilidades digitais aumentando assim as chances de uma melhor colocação no mercado de trabalho, foi mais um acréscimo à parceria. O Ministério disponibilizou cursos criados especialmente para a Escola do Trabalhador 4,0, baseados no conteúdo da plataforma Microsoft Learn e que abrangem desde o letramento digital até Inteligência Artificial, passando por Office 365 e programação de software. São mais de 22 cursos gratuitos a disposição da população brasileira.

Amilton avalia que ainda não há como elencar ganhos em termos de política pública, porém o processo deu visibilidade para uma série de cursos e elevou o conhecimento do Ministério. 

A tecnologia empoderando o poder público

Marcelo de Sousa, Coordenador geral do Sine, avalia que a tecnologia permitiu ao Sine dar um passo importante para aprimorar uma política pública tão crucial. “A tecnologia Microsoft permite ao SINE modernizar suas rotinas de orientação profissional e colocação dos trabalhadores no mercado de trabalho. A transformação da intermediação de mão de obra em serviço também digital colocou-nos frente ao desafio que possuir estrutura tecnológica suficientemente capaz de apoiar a digitização de nossos serviços.”, afirma.

Ainda acrescenta o potencial que tem a união entre o Ministério e a Microsoft em termos de políticas públicas. 

”A parceria com a Microsoft é um exemplo concreto de como o setor público e o setor privado podem juntar-se para oferecer políticas públicas aperfeiçoadas e modernas, capazes de responder aos desafios diários do Sine e de entregar serviço públicos de melhor qualidade”, finaliza.